Os usuários e leitores da Royale já estão familiarizados com alguns termos da relojoaria suíça. Um deles é a “complicação” do relógio.
Este conceito já apareceu em outros de nossos artigos e é comumente usado por vendedores e compradores de alta relojoaria. Mas de onde vem esta nomenclatura e o que necessariamente isso designa?
É preciso esclarecer, antes de mais nada, que não se trata de um termo para evidenciar que o relógio é difícil de ajustar ou ler as horas e funções. Mas que demonstra a complexibilidade que se encontra no mecanismo.
O termo “complicações de um relógio” se refere às partes mais avançadas e complexas do seu design. Podem fazer coisas como mostrar a data, o tempo lunar, ou até mesmo permitir que você faça cálculos matemáticos. A origem do termo ou quando ele começou a ser usado é incerta, afinal seria difícil apurar este dado relacionado a um instrumento datado de tantos séculos e elaborado a partir de tantas contribuições. Mas é certo afirmar que quanto mais informações e dados um relógio consegue apresentar para o seu usuário mais “complicado” é aquele relógio.
É de fato um conceito quase intuitivo.
A título de curiosidade, a peça mais complicada do mundo hoje possui 57 complicações e pertence à lendária Vacheron Constantin. O modelo demorou mais de 8 anos para ser produzido e exigiu a dedicação integral de três relojoeiros da marca, que lançaram a peça em 2015, quando a casa Vacheron completava 260 anos de história. Daí o seu nome: Vacheron Constantin 57260.
Alguns dizem que os relógios com complicações são uma obra-prima da engenharia; outros dizem que elas apenas tornam os relógios mais propensos a falhas. Mas nossa paixão por relógios de design saturado e diversas funções continua a mesma.